O Ministério Público (MP) vai investigar as agressões a uma aluna de uma escola em Estoi, em Faro, cometidas por uma colega e cujo vídeo foi divulgado nas redes sociais.
Nas imagens pode ver-se que o grupo que rodeia a vítima incita a outra jovem a continuar com a violência, apesar dos pedidos da aluna agredida para se ir embora.
A agressora e a vítima, ambas com 14 anos, frequentam o 8.º e 9.º ano na Escola Básica Poeta Emiliano da Costa, e o episódio de violência já tinha ocorrido anteriormente, tendo a aluna que a agrediu a colega sido suspensa na altura.
"Pedi imediatamente à coordenadora da escola a instauração de um procedimento disciplinar à agressora e a quem filmou e incentivou as agressões. Pedi também que fossem identificados todos os outros alunos por terem presenciado a agressão e nada terem feito em defesa da vítima", afirmou o diretor do Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa, citado pela agência Lusa.
Segundo o responsável, ainda não foram decididas quais as medidas a tomar e só o serão após a realização de um procedimento disciplinar em que serão ouvidos todos os intervenientes, envolvendo também as famílias das jovens na resolução do problema.
Francisco Soares aproveitou ainda para sublinhar que a comunidade escolar "não se revê de todo" nas imagens da agressão, que classificou como "gratuita e injustificada".
Por outro lado, salientou ainda que são precisos “cuidados redobrados” para que "não se produzam efeitos ainda mais nefastos" e não se gere ainda mais violência.
"A escola não se pode esgotar na aplicação de medidas sancionatórias, motivo pelo qual ativámos o gabinete de Psicologia para fazer uma intervenção com estas jovens e com as suas famílias", acrescentou.