Por João Sena
Foi um FC Porto com desejo de vingança, e com os olhos postos nos oitavos de final da Liga dos Campeões, que derrotou o surpreendente Brugge – já apurado para a fase seguinte. Os azuis e brancos reescreveram a história, e devolveram com grande estilo a goleada sofrida no Dragão ganhando por expressivos 4-0. A equipa que não tinha sofrido qualquer derrota esta época caiu aos pés dos portugueses com grande estrondo.
Com o terceiro triunfo consecutivo e o empate do Atlético de Madrid, a equipa de Sérgio Conceição garantiu o apuramento para a fase seguinte da prova. Na última jornada, defrontam-se na Invicta. Foi uma equipa com forte personalidade e vocação atacante que goleou o campeão belga.
A equipa de Sérgio Conceição entrou em campo com o mesmo ‘onze’ que defrontou o Benfica, e foi claramente superior em todos os domínios do jogo, tendo também maior número de remates à baliza com perigo (9-4). Controlou a partida desde o início, Eustáquio e Taremi (duas vezes) tiveram as melhores ocasiões para marcar, mas falharam o golo ‘cantado’. À terceira foi de vez, Taremi só teve de aproveitar a excelente assistência de Otávio e marcou aos 33 minutos.
O Brugge tinha acabado de sofrer o primeiro golo na Liga dos Campeões. O jogo foi para intervalo com os portistas na frente, e ficaram mais golos por marcar, alguns falhanços foram incríveis. Foram 45 minutos de controlo do FC Porto, e a maior posse de bola do Brugge resultou em zero oportunidades de golo.
Dragão salvador A segunda parte começou com uma infantilidade de David Carmo, que cometeu uma grande penalidade. Diogo Costa defendeu, o árbitro mandou repetir e, à segunda, o guarda-redes do FC Porto voltou a brilhar – é o quarto penalti que defende na Liga dos Campeões esta temporada!
A equipa portista ganhou ânimo suplementar e o Brugge afundou-se, falhar dois penaltis no espaço de um minuto ‘mata’ qualquer equipa. O golpe de misericórdia foi dado, aos 57 minutos, por Evanilson, que marcou um belo golo aproveitando o ‘adormecimento’ dos centrais do Brugge, e por Eustáquio três minutos mais tarde. A vencer por 3-0, o FC Porto mostrou grande solidez, tomou conta da bola, e Taremi fez das suas e marcou o quarto golo aos 70 minutos, numa jogada de grande envolvimento coletivo e perante a desorientação dos belgas.
O guarda-redes Diogo Costa estava satisfeito no final “ foi muito bem conseguido da nossa parte, Jogamos unidos, ajudámo-nos e correu muito bem”. Em relação aos penalstis defendidos, disse: “O meu objetivo é tentar fazer melhor do que o Vítor Baía. Treino e trabalho para isso”.
Rugido de leão O Sporting mostrou-se na vitrine inglesa e deixou uma imagem muito positiva no empate obtido frente ao Tottenham. Com este resultado, a equipa de Ruben Amorim depende de si própria para continuar na Liga do Campeões, sendo que as quatro equipas do grupo podem passar aos oitavos de final. A última jornada vai ser de grande dramatismo.
A primeira parte foi bem disputada. O Sporting aguentou a pressão inicial dos ingleses e sempre que recuperava a bola saía a jogar com intenção. Foi num ataque rápido que, o muito oportunista, Marcus Edwards rematou fora da área e fez um belo golo aos 22 minutos. Por aquilo que jogou na primeira parte, a vantagem do Sporting era perfeitamente justificada.
O primeiro remate à baliza de Adán aconteceu apenas aos 37 minutos, as ‘estrelas’ do Tottenham limitavam-se a ver os leões a controlar o jogo. No segundo tempo, a reação inglesa foi fortíssima. O leão tinha dificuldade em respirar perante um adversário com argumentos incomparavelmente diferentes. Cada jogada de ataque era um susto, o meio-campo do Sporting perdeu critério no passe e Adán resolvia a situação com defesas impossíveis.
Ruben Amorim refrescou a equipa com dois jovens, e foi menino Nazinho que pôs o Tottenham em sentido com duas oportunidades de golo falhadas. Não marcou o Sporting, marcou o Tottenham num canto onde Adán ficou mal na fotografia. Nos últimos dez minutos a equipa leonina continuou a perder influência. A favor dos leões só mesmo o avançar do cronómetro do árbitro. E foi já nos descontos que o Sporting ‘morreu’ e ressuscitou. Kean marcou o segundo golo aos 95 minutos, mas viria a ser anulado pelo VAR salvador por fora de jogo do avançado inglês.