Die Meister/ Die Besten/ Les grandes équipes/The champions». Estes são os versos que indicam que terá sensivelmente cerca de 30 segundos para despachar tudo o que está a fazer antes de correr para a frente da televisão (e entoar apenas o último verso, como a maioria). É a parte do hino da Liga dos Campeões que antecede qualquer jogo da prova e que funciona como uma espécie de código de acesso ao evento principal da UEFA – que reúne Os mestres/ Os melhores/As grandes equipas/ Os campeões!
Com os três línguas oficiais da UEFA presentes (inglês, alemão e francês), Tony Britten, formado no Royal College of Music de Londres, escreveu o tema em 1992, depois de ter sido desafiado pelo organismo que regula o futebol europeu, já que este pretendia marcar a transição da então Taça dos Clubes Campeões Europeus para a denominação atual de Champions League. Interpretada pela Royal Philharmonic Orchestra e cantada pelo coro da Academy of Saint Martin in the Fields, Britten inspirou-se no tema original de Georg Friederich Handel, Zadok the Priest, criado para a coroação de Jorge II de Inglaterra (1727).
Mas regressando ao desporto-rei, importa essencialmente referir como Portugal tem feito parte da realeza europeia, com Benfica e FC Porto já apurados para os oitavos-de-final da competição. O Sporting precisa apenas de um ponto na última jornada da fase de grupos (diante dos alemães do Eintracht Frankfurt) para integrar o grupo das 16 melhores equipas da Europa – e a presença inédita de três clubes portugueses na próxima fase da prova está desta forma a um pequeno passo.
E quando chega a hora, o hino não deixa mentir, mesmo quando já não toca para equipas como Barcelona ou Atlético de Madrid: «Ce sont les meilleures équipes / Sie sind die allerbesten Mannschaften /The main event! Die Meister/ Die Besten /Les grandes Équipes/ (é agora!) The Champions!». Só para os melhores.