Por João Sena
O Benfica fecha a sua participação na fase de grupos da Liga dos Campeões com uma deslocação a Israel para jogar com o Maccabi Haifa. A história entre os dois clubes resume-se à vitória por 2-0 no jogo da primeira volta, na Luz, onde os ‘encarnados’ só resolveram a partida no segundo tempo, com dois golos de rajada aos 50 e 54 minutos (Rafa e Grimaldo).
O Benfica leva 21 jogos consecutivos sem perder, são dias de glória para equipa treinada por Roger Schmidt que está a cumprir aquilo que disse quando chegou a Lisboa: “Pôr o Benfica a praticar um futebol atrativo”. Com o apuramento garantido, o objetivo agora é vencer o grupo e a confiança do técnico é grande.
“É um bom sentimento não ter a pressão de ganhar para passar. É a confirmação de que fizemos um bom trabalho nos jogos anteriores, mas isto é a Liga dos Campeões e queremos mostrar sempre o nosso melhor. Neste momento, estamos em igualdade de pontos com o PSG e ambos temos jogos difíceis fora. Vamos mostrar a nossa qualidade, fazer um bom jogo e tentar ganhar. Depois, logo se vê o que acontece em Turim com o PSG”.
Sobre o adversário, reconheceu: “Eles fizeram um bom jogo contra nós, tivemos de ter paciência para ganhar. Jogam com muita intensidade e têm um futebol corajoso e ativo. Foi um desafio para todas as equipas defrontá-los. Penso que vai ser difícil para nós. Eles ainda podem qualificar-se para a Liga Europa e vão estar muito motivados”.
O ‘cérebro’ do meio-campo, Enzo Fernández, não vai a jogo, mas isso não preocupa o pragmático técnico alemão – “é uma pena, gosto de ter o Enzo em campo, mas há outros que também podem ter desempenhos muito bons. O Enzo é um jogador importante, é muito bom a pautar o ritmo do jogo, com e sem bola, e é muito criativo.Temos de compensar isto e dar oportunidade a outros. O Fredrik já mostrou que pode jogar na mesma posição, temos o Paulo Bernardo e outras opções”. O Maccabi fez alguns jogos interessantes, e a vitória clara frente à Juventus (2-0) deixa a porta aberta para a Liga Europa, mas para isso teria que pontuar frente ao Benfica e esperar a derrota da equipa italiana.
Sombra negra Atualmente a Juventus não está à altura dos grandes da Europa, são os resultados que o dizem: perdeu os dois jogos com o Benfica, não foi capaz de superar o PSG e só ganhou um jogo ao Maccabi. A renovação anunciada pelo treinador Massimiliano Allegri está por acontecer.
A defesa é indigna de uma competição como esta – sofreu 11 golos em cinco jogos – e o ataque também não fez o que lhe competia – marcou oito golos. Consequência direta é ficar de fora da Liga dos Campeões e correr o risco de nem ir à Liga Europa.
Na última jornada a equipa ‘Bianconeri’ defronta em casa o PSG, sendo que os franceses querem terminar a fase de grupos sem derrotas e no primeiro lugar. A história recente não está a favor dos italianos, que nos últimos cinco jogos perderam quatro e ganharam apenas um. A difícil tarefa da Juventus pode ficar mais facilitada com a ajuda do Benfica. É estranho ver a poderosa equipa da família Agnelli em ‘palpos de aranha’.