O ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita não chegou à short list de três nomes para o próximo líder da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira.
A informação foi confirmada por fonte próxima do processo à Rádio Renascença, que adiantou como justificação para a ‘saída’ da corrida, o "fraco empenho da diplomacia portuguesa".
Recorde-se que o processo de seleção para o cargo de diretor-executivo da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira começou em abril e que em julho, Cabrita apresentou a sua candidatura, tendo comunicado a sua intenção ao Governo.
O nome do ex-ministro ainda ‘entrou’ na lista de seis candidatos, mas agora com a redução a três, que terá ocorrido no mês passado, acabou por ficar fora das principais opções.
A Comissão Europeia deverá dar prioridade ao perfil de "chefe de estrutura de segurança" e com características "mais operacionais", segundo escreve a Rádio Renascença, do que as que apresenta Cabrita, cujo perfil é considerado mais político.
Sublinhe-se que seja qual for a escolha de Bruxelas, quem for substituir o francês Fabrice Leggeri, que se demitiu do alto cargo da Frontex em Março, na liderança da agência que controla as fronteiras da União Europeia, terá a seu cargo um trabalho difícil, tendo em conta a atual crise de refugiados.