O Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital do Espírito Santo de Évora tem instaurados dois processos – um de inquérito e outro de inspeção – pela Insperação-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) por alegada negligência médica.
A revelação foi feita esta segunda-feira pelo organismo numa resposta enviada à agência Lusa, onde adiantam que os processos resultaram das queixas por negligência recebidas na IGAS desde o início o ano, não sendo o número de queixas divulgado, em que é visado o Serviço de Obstetrícia e Ginecologia da unidade hospitalar.
O processo de inquérito foi instaurado por despacho do Inspetor-Geral da IGAS a 6 de junho deste ano, para averiguação dos factos relacionados com a assistência médica prestada no parto de uma utente no HESE, sendo que, o processo de inspeção foi aberto a 21 de outubro na sequência de notícias relacionadas com o acompanhamento da gravidez de uma utente que deu à luz um nado-morto naquela instituição.
Contactada também pela agência Lusa, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) afirma que, no dia 4 deste mês, tinha tomado conhecimento, durante o ano, de quatro reclamações relacionadas com as valências de Ginecologia e Obstetrícia do HESE.
"Apenas uma destas foi, até ao momento, encaminhada para a instituição que se considerou ter incumbências específicas nesta matéria, designadamente a Ordem dos Médicos (OM)", sublinha.
A ERS esclarece que o seu Sistema de Gestão de Reclamações (SGREC) apenas "permite a pesquisa de informação por indicadores mais latos", pelo que estas reclamações podem ou não envolver casos de negligência médica.
Além disso, este ano foi "instaurado um processo administrativo de inquérito que abrange, além de outras temáticas, questões referentes à qualidade dos cuidados de saúde prestados no Serviço de Obstetrícia do hospital de Évora".