Portugal detetou 433 casos mutilação genital feminina, entre janeiro de 2018 e dezembro de 2021.
Os dados são da Direção-Geral da Saúde (DGS) e são baseados no mais recente relatório da Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil.
A maioria dos casos foi feita na Guiné-Bissau (272) e na Guiné Conacri (126), tendo-se observado um aumento gradual dos registos de mutilações praticadas no Senegal.
Um dos casos, em 2021, ocorreu em território nacional, sublinhou a DGS, cujos dados demonstram também que, em média, a realização da mutilação ocorreu aos 8,4 anos de idade.
A prática foi detetada na maioria dos casos durante a durante a vigilância da gravidez, e as foram nas unidades da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que se descobriram quase a totalidade dos casos, tendo muitas mulheres apresentado sequelas da prática, a que foram submetidas quando crianças.