Sete militares da GNR começam a ser julgados por tortura a migrantes

Os militares estão acusados de um total de 33 crimes

Sete militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) começam esta quarta-feira a ser interrogados no Tribunal de Beja por estarem acusados de sequestro e agressão a imigrantes em Odemira. 

Os militares estão acusados pelo Ministério Público (MP) de 33 crimes, como abuso de poder, sequestro e ofensa à integridade física qualificada e o seu julgamento chegou a estar marcado para outubro, contudo, acabou por ser adiando. 

Contactado pela agência Lusa, fonte judicial adiantou que o julgamento começa pelas 9h30 e que, durante a manhã, o coletivo de juízes vai proceder à identificação dos arguidos e à audição dos mesmos, caso queiram pronunciar-se.

"À tarde, o julgamento prossegue, com a audição das testemunhas de acusação", disse a fonte, acrescentando que está marcada uma outra sessão do julgamento para 05 de dezembro, em que está previsto serem ouvidas as testemunhas de defesa e feitas as alegações finais.

De acordo com a acusação do MP, o processo envolve quantro casos de sequestro e de agressão de imigrantes por militares da GNR, que estavam, na altura, entre setembro de 2018 e março de 2019, colocados no Posto Territorial de Vila Nova de Milfontes, em Odemira.

Os sete militares foram pronunciados por 33 crimes e chegaram a estar, provisoriamente, suspensos de funções mas no dia 21 deste mês a medida "a medida caducou e voltaram a trabalhar".