A Autoridade Marítima Nacional (AMN) e a Marinha alertaram esta quarta-feira para o agravamento da agitação marítima a partir de quinta-feira, em especial na zona sul de Portugal Continental, com ondulação forte que pode vir a atingir os nove metros.
Em comunicado, a autoridade avisa que a previsão do estado do mar aponta para um "um agravamento das condições meteorológicas e de agitação marítima na zona sul de Portugal continental, entre as 18:00 de amanhã [quinta-feira] e as 12:00 de sexta-feira".
Na região sul de Portugal Continental, a agitação marítima será caracterizada por uma ondulação proveniente do quadrante sudoeste, "com uma altura significativa que poderá atingir os cinco metros e uma altura máxima de nove metros, com um período médio a variar entre os dez e os 12 segundos", sendo ainda esperados ventos com uma intensidade média de até 65 quilómetros por hora (km/h) e rajadas até 117 km/h, provenientes do quadrante sudoeste.
No arquipélago dos Açores está também previsto um "um agravamento considerável das condições meteorológicas e de agitação marítima", a partir das 18h00 de sexta-feira e até as 12h00 de segunda-feira.
Nesse caso, a agitação será caracterizada por uma ondulação proveniente do quadrante Sudoeste, com uma altura que poderá atingir os 12 metros e uma altura máxima de 22 metros, com um período médio que pode variar entre os 14 e os 16 segundos.
São ainda esperados nos Açores ventos provenientes do quadrante sudoeste, com uma intensidade média de até 93km/h e rajadas até 168km/h, lê-se ainda na nota.
Além disso, a AMN e a Marinha reforçam a recomendação, em especial à comunidade piscatória e da náutica de recreio que se encontra no mar, "para o eventual regresso ao porto de abrigo mais próximo e a adoção de medidas de precaução".
As autoridades recomendam também o reforço da amarração e vigilância das embarcações atracadas e fundeadas e aconselham a que os marítimos mantenham um estado de vigilância permanente e acompanhem a evolução da situação meteorológica, através dos avisos à navegação e da previsão meteorológica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Deve ser evitado o acesso e permanência junto às falésias e zonas de arriba, sendo essencial que se adote uma postura preventiva, não se expondo desnecessariamente ao risco, lê-se ainda no mesmo comunicado.