Eva Kaili, vice presidente do Parlamento Europeu, e outras três pessoas ficaram este domingo em prisão preventiva depois de terem sido acusadas, na Bélgica, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de corrupção relacionadas com o Qatar no seio desta instituição.
De acordo com o avançado por uma fonte judicial à agência de notícias France Presse, o Ministério Público Federal não forneceu nomes ao anunciar a prisão preventiva de quatro pessoas, indiciadas por um juiz de instrução de Bruxelas por "pertencerem a uma organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção". No âmbito da mesma investigação, foram libertadas duas pessoas.
De acordo com fonte judicial, uma das pessoas detidas é Eva Kaili, que não pode beneficiar da imunidade parlamentar uma vez que o crime de que é acusa foi detetado em "flagrante delito" na sexta-feira.
A mesma fonte confirmou ainda relatos da imprensa de que Kaili estava na possa de "sacos de ingressos" na noite de sexta-feira, quando foi detida pela polícia belga.
Já na noite de sábado ocorreu uma busca na casa de um segundo deputado, sendo que, nesse caso, "suspeita-se do pagamento de avultadas quantias em dinheiro ou da oferta de presentes significativos a terceiros com posição política e/ou estratégica que permita, no seio do Parlamento Europeu, influenciar as decisões" desta instituição.
Nessa mesma noite, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola decidiu que Kaili seria destituida de todas as tarefas para as quais tinha sido delegada, incluindo a de representá-la na região do Médio Oriente.