A Câmara Municipal de Lisboa (CML) emitiu, esta madrugada, alerta vermelho no âmbito do mau tempo. Várias vias que dão acesso a Lisboa encontram-se intransitáveis e a autarquia pede à população que evite sair de casa. A Proteção Civil registou, esta noite, mais de mil ocorrências, sendo 30% na capital, sobretudo relativas a inundações.
"Em consequência do mau tempo que se faz sentir, a cidade encontra-se com várias limitações de mobilidade. Para a segurança de todos, a #CML apela a que fique em casa e evite deslocações", disse a CML, em comunicado enviado à agência Lusa.
Há várias vias rodoviárias intransitáveis: Os túneis do Campo Pequeno e do Campo Grande, Avenida João XXI, Avenida de Berlim, Eixo Norte-Sul, 2.ª Circular (sentido Lisboa Norte), Radial de Benfica, Avenida Infante D. Henrique junto ao Túnel Batista Russo, Avenida de Berna, Avenida Calouste Gulbenkian, todos os acessos à Praça de Espanha, Avenida de Ceuta (Alfredo Bensaúde, estrada do Peneda) e junto ao acesso à ponte 25 de abril, Alcântara (vários locais), cruzamento Gago Coutinho com Avenida dos EUA, Praça de Sete Rios, Avenida de Santo Condestável e Avenida 24 de Julho até Belém.
A autarquia recomenda "a todos os que possam" para não "entrarem na cidade de forma a atenuar os eventuais constrangimentos".
Os agentes de Proteção Civil, diferentes serviços operacionais do município e das juntas de freguesia, "continuam em prontidão para uma resposta rápida e eficiente à cidade", continuou.
Já num novo briefing de atualização, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) segue a mesma linha que a CML e pede aos civis para se manterem em casa e restringir o máximo as deslocações.
"Fiquem em casa, restrinjam ao máximo a circulação e ponderem as deslocações" mínimas, disse o comandante André Fernandes, acrescentando que, nas próximas horas, haverá uma diminuição da precipitação, voltando novamente "persistente e intensa" a meio da manhã ou início da tarde.
Em conferência de imprensa, pelas 7h10, na sede da ANEPC, em Carnaxide, o comandante revelou ainda que "não há registo de vítimas", mas a normalidade da situação "vai demorar a repor", embora meios de bombeiros, Proteção Civil e PSP, "um dispositivo forte e robusto", estejam no terreno.
Vários acessos à cidade estão “bastante condicionados”, disse o responsável, referindo que há “várias vias intransitáveis" e algumas estações do Metropolitano ou da linha ferroviária encontram-se encerradas.
Além disso, a chuva intensa e o vento extremo também estão a afetar a circulação de autocarros da Carris e o Metropolitano está com restrições nas estações do Jardim Zoológico e Chelas.
A ANEPC, em comunicado enviado às redações, informa também que existem várias estradas cortadas em Loures, Odivelas e Torres Vedras e vias intransitáveis em Lisboa.
Note-se ainda que estão cortadas ao trânsito a Estrada Nacional (EN) 8 entre Odivelas e Loures e a EN 250 em Frielas devido ao galgamento do rio.
Estão também cortadas a EN115 na Rotunda das Oliveiras e A-das-Lebres, Loures, os acessos à A8, em Loures, EN115-2 Maxial-Ermegeira devido a um deslizamento de terras, a EN9 Ponte Rol, Torres Vedras, e a Calçada de Carriche, Odivelas, por devido a uma derrocada de terras.
De acordo com informação da Infraestruturas de Portugal (IP), enviada à Lusa, o acesso ao IC19 para Rio de Mouro, a N6 (Auto da Boa Viagem), acesso IC16 para a CRIL, Pontinha e o acesso ao IC19 para a Buraca encontram-se também cortados.
O IP7 está igualmente cortado no sentido Norte-Sul para a Ponte 25 de Abril.