A Ucrânia lançou um apelo ao Ocidente para que lhe forneça novos sistemas modernos de defesa aérea, que incluem mísseis Patriot, numa altura em que se está a registar uma nova vaga de ataques russos. Até ao momento, os Estados Unidos têm resistido a enviar para a Ucrânia este modelo de mísseis.
Kiev teme que novos ataques russos possam fazer disparar o número de refugiados provenientes da linha da frente da guerra. “Ninguém sabe quantos, mas haverá centenas de milhares de refugiados, já que o bombardeio terrível e ilegal da infraestrutura civil torna a vida inabitável em muitos lugares”, disse o chefe do Conselho Norueguês de Refugiados, Jan Egeland, à agência Reuters. “Temo que a crise na Europa se aprofunde e que ofusque igualmente as crises noutros lugares do mundo”, acrescentou.
Zelensky também pressionou o líder dos Estados Unidos, Joe Biden, para oferecer mais ajuda na proteção da rede de energia do país. Os ataques russos têm-se focado na rede energética do país, tendo já destruído 50% da rede, desde novembro.
Recentemente, a Polónia tentou que a Alemanha lhes enviasse estes mísseis, uma pretensão que foi rejeitada por Berlim.
Nesta altura sensível do conflito, Zelensky teve de pedir ainda às nações do G7 ajuda para conseguir mais de dois mil milhões de metros cúbicos de gás natural, assim como tanques modernos, e armas de longo alcance.
“Se a Rússia realizar uma retirada das suas forças da Ucrânia, isto garantirá um fim das hostilidades”, disse o Presidente da Ucrânia, durante uma vídeo conferência com os membros da G7. “Não vejo razão para que a Rússia não faça isso agora – a tempo do Natal”, argumentou.
Este pedido foi aceite pelas nações, que se comprometeram a apoiar imediatamente os sistemas de defesa aérea para o país.
“Vamos continuar a coordenar esforços para atender às necessidades mais urgentes da Ucrânia, com foco imediato em fornecer à Ucrânia sistemas e capacidades de defesa aérea”, pode ler-se num comunicado, citado pelo Al Jazeera.
Putin não fará conferência de final de ano O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, não fará a tradicional conferência de imprensa de final de ano pela primeira vez em pelo menos uma década.
Esta conversa com a imprensa é uma ocasião onde o líder russo aproveita para polir a sua imagem, com o Guardian a descrever este evento como “um espetáculo exagerado que permite a Putin fazer o papel de populista na televisão nacional durante todo o mês de dezembro”.
Contudo, este ano, o Presidente russo vai quebrar a tradição, com Moscovo a anunciar que não irá haver nem conferência de imprensa, nem a receção de ano novo no Kremlin.
Segundo o jornal inglês, esta decisão foi influenciada pelo facto da invasão à Ucrânia não estar a correr como planeado.