A inflação abrandou para 9,9% em novembro, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira. Mas a inflação subjacente (sem energia e alimentos não transformados) acelerou para máximos de 29 anos.
“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,9% em novembro de 2022, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 7,2% (7,1% em outubro), taxa mais elevada desde dezembro de 1993”, avança o gabinete de estatística.
E acrescenta que a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 24,7%, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação de 18,4%, “contrastando com a aceleração registada nos produtos alimentares transformados, com uma variação de 16,8% (14,1% em outubro)”.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 10,2%, inferior em 0,4 p.p. à do mês anterior e superior em 0,2 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em outubro, a taxa em Portugal tinha sido idêntica à da área do Euro). “Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 8,1% em novembro (8,0% em outubro), superior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 6,6%), mantendo o perfil ascendente verificado nos últimos meses”.