Problemas nas urgências na origem de 65% das reclamações

Entidades de saúde públicas foram alvo de mais de 2200 reclamações desde o início do ano.

Desde o início do ano, já foram apresentadas mais de 2200 reclamações contra as entidades de saúde públicas. A grande maioria das queixas são dirigidas aos hospitais e o principal motivo de reclamação refere-se aos constrangimentos sentidos nas Urgências. O Hospital Beatriz Ângelo é a unidade hospitalar mais reclamada, revela o Portal da Queixa.

Perante os constrangimentos que começaram a meio do ano nas urgências de ginecologia e obstetrícia e estenderam-se, nos últimos meses, às urgências hospitalares, com esperas no atendimento a ultrapassar as 12 horas, em vários casos relatados pelos utentes, o Portal da Queixa fez uma análise às reclamações registadas na sua plataforma, onde apurou quais as unidades hospitalares que têm enfrentado mais problemas.

Entre os dias 1 de janeiro e 13 de dezembro de 2022, chegaram ao Portal da Queixa 2202 reclamações relacionadas com os serviços de saúde públicos. Deste total, 65% são dirigidas aos hospitais, sendo o principal motivo de queixa reportado pelos consumidores os vários constrangimentos nas urgências hospitalares (adultos e pediátrica) e maternidades.

Entre as reclamações relacionadas com os serviços de urgência, as queixas vão desde as horas intermináveis na sala de espera (média a ultrapassar as 12 horas), a incapacidade de o hospital responder a casos urgentes, o mau atendimento, a falta de condições para receber tantos utentes e dificuldades pelo fecho inesperado das urgências hospitalares.

De acordo o Portal da Queixa, entre os hospitais que acolhem maior número de reclamações dos utentes figuram o Hospital Beatriz Ângelo (90 queixas); o Hospital de Braga (58); o Hospital de Santa Maria – Lisboa (53); o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (46) e o Hospital de Faro (33).