Nunca se percebeu muito bem o momento exato em que a pandemia da covid-19 acabou – muito provavelmente quando a testagem deixou de ser gratuita e terminou o isolamento obrigatório, mesmo em casos positivos -, mas falar em pós-pandemia trouxe leveza e, como outros problemas de relevo se levantaram, juntou-se o útil ao agradável. Assim sendo, neste pós-pandemia a saúde mental tornou-se tema central, apesar de muitos continuarem a defender que se trata de um assunto tabu. Os estudos têm vindo a mostrar percentagens preocupantes no que à saúde mental diz respeito, evidenciado precisamente as consequências no pós-pandemia. É certo que a necessidade de acompanhamento psicológico ainda pode ser conversa varrida para debaixo do tapete em diversos casos, mas nos últimos tempos não faltam exemplos de personalidades mais conhecidas a revelar experiências pessoais de períodos complicados, com o objetivo de fortalecer a ideia de que procurar ajuda não significa ser ‘fraco’ ou ‘maluco’.
Entre a maioria dos jovens adultos, a ideia de consultar um psicólogo parece desmistificada, com muitos a partilharem a sua importância e, nalguns casos, o próprio profissional de saúde. Também é facto que, com o pós-pandemia, o início da guerra na Ucrânia e a crise económica, o consumo de antidepressivos esteve sempre a crescer, principalmente nos jovens entre os 15 e os 25 anos.
Mais ainda, a luta pela legalização da canábis tem ganhado força, com várias figuras públicas a relacionar o seu uso e o benefício direto na saúde mental. Justin Bieber tornou-se uma das vozes mais ouvidas sobre o assunto, mas não foi caso único.
Em contrapartida, a Nova Zelândia aprovou, na última semana, a lei do tabaco para proibir gerações futuras de fumar, caminhando assim para ‘um futuro sem fumo’.
Entre uns e outros, às vezes mais vale um cigarro… E um copo de vinho.