O Natal chegou mais cedo para quem acompanhou a final do Campeonato do Mundo de futebol, no passado dia 18, e foi presenteado com um dos melhores jogos de sempre da História. Percebe-se a diferença e o nível que o jogo atingiu quando a maioria deu por si a vibrar e a sofrer com os jogadores, tal era o entusiasmo e o ritmo apresentado, no estádio Lusail, pela Argentina e pela França. Messi e Mbappé foram os reis magos daquela tarde de festa, com Cristiano Ronaldo a ser o terceiro – embora entretanto perdido pelo caminho, o nome foi suficiente para agitar os adeptos mais entusiastas. Muitos acreditaram que o francês podia vingar o craque madeirense, impedindo que o seu eterno rival conquistasse o título maior pela seleção argentina, e o troféu que ele próprio ambicionava levantar pela equipa das Quinas antes de pendurar as botas.
Mas se o Natal é época para apelar à harmonia e ao bom senso fora dos parâmetros habituais, houve quem se rendesse à evidência dos factos, com a devida vénia ao la Pulga. A própria alcunha já fazia adivinhar desde jovem a comichão que seria capaz de provocar, podendo levar muitos a coçarem-se ininterruptamente até atingir aquela vermelhidão na pele.
Mas este Mundial foi muito além da maior rivalidade direta dos últimos 15 anos entre Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Foi verdadeiramente sobre o melhor do futebol, com a final a ser a maior prova disso mesmo. Ainda antes, desde a fase de grupos até ao ‘mata-mata’ derradeiro que o campeonato do Qatar foi brindado com verdadeiros espetáculos dentro das quatro linhas, capazes de golear até polémicas que pareciam não ter fim antes do arranque da prova.
Já as discórdias relacionadas com o futebol, como se sabe, podem nunca terminar, estando o jogador na reforma ou não estando cá mais.
Por agora desmontam-se palcos no Qatar, mas espera-se que o programa das festas continue igualmente bom, afinal de contas – e apesar das contas, desta vez para a fase dos grupos da consoada -, ainda é Natal! Boas Festas!