Uma mulher, de 77 anos, foi despejada da casa onde vivia desde 1973 por ter cortado uma arvore – magnólia com 50 anos – no jardim da habitação.
Segundo o JN, a senhoria da habitação avançou com uma ação contra a inquilina, à qual o Tribunal de Matosinhos deu razão, com os juízes a argumentarem que a árvore era uma “peça fundamental e marcante do imóvel” e o corte não autorizado destruiu a confiança entre as partes, o que justifica a cessação do contrato. “Teria de comunicar a situação à senhoria para que esta decidisse o que fazer com a árvore”, pode ler-se na decisão.
O mesmo jornal avança que a inquilina alegou desconhecer a importância da árvore, tendo-a mandado cortar porque causava sombra e os ramos entupiam a caleira e batiam nos vidros das janelas.
O jardineiro encarregue da obra descobriu que os ramos estavam podres e que o tronco tinha bichos, tendo por isso optado por cortar o tronco para tentar salvar a árvore.
O recurso apresentado pela defesa da idosa afirma que ela “ficaria física e socialmente desenraizada da zona geográfica onde desde sempre fixou a sua vida” e “totalmente desprovida de um lar, não tendo para onde ir, o que na sua idade é absolutamente destituído de humanidade”, mas que os juízes não levaram em conta.