Um agente da Polícia Metropolitana de Londres declarou-se culpado de 49 crimes, incluindo 24 de abuso sexual de 12 mulheres. A imprensa local afirma que os crimes terão ocorrido entre 2003 e 2020.
O jornal The Guardian avança que a polícia e os procuradores acreditam que o agente, identificado como David Carrick, aproveitou-se da sua “posição como agente da Polícia Metropolitana para atrair mulheres e depois as aterrorizar, para permanecerem em silêncio sobre os ataques sexuais".
O mesmo jornal acrescenta ainda que Polícia Metropolitana foi informada sobre nove incidentes ocorridos entre 2000 e 2021, incluindo oito alegados ataques ou confrontos com mulheres, mas não tomou nenhuma medida porque as vítimas recusaram apresentar uma queixa formal ou desistiram de cooperar com a investigação policial.
As vítimas disseram que o agente as ameaçou e garantiu que não teriam credibilidade se o denunciassem.
A acusação alegou que Carrick colocava as mulheres dentro de armários com o objetivo de “dominar e humilhar” as vítimas e eram ainda “forçadas a ficar nuas” durante horas. Chegou ainda a descrever uma das vítimas como sua “escrava” e urinou sobre outras.
David Carrick foi promovido em 2009 e passou a pertencer ao comando de proteção parlamentar e diplomática.
A Polícia Metropolitana reconheceu que Carrick nunca deveria ter sido autorizado a fazer parte daquela força de segurança e sublinhou que se tratava de um crime “sem precedentes”.