A realidade é a arma mais poderosa para combater o radicalismo e o populismo

70 anos depois o Edifício Cruzeiro, no Monte Estoril, renasce das cinzas para ser a nova Fénix das Artes Perfomativas. Estará aberto ao público a partir de dia 28 de janeiro

Por Carlos Carreiras

A realidade é boa para desmentir os populismos, extremismos e radicalismos. O problema é que a verdade vem sempre depois dessas demagogias. 

Tal como sempre afirmei, o Parque das Gerações não vai desaparecer. Antes pelo contrário! 

Já se iniciaram as obras de ampliação do parque, com o alargamento e pavimentação da pista de manutenção que o circunda, bem como a construção de uma ‘bowl’ com dimensões olímpicas, que permitirá aos skaters evoluírem num equipamento absolutamente extraordinário. 

Partidos (i)liberais tentam se aproveitar do extremismo que tem degradado o nosso ambiente democrático por uma conivência com a necessidade de polémica a qualquer custo, de equivaler as opiniões aos factos, de relativizar a verdade perante o potencial de ‘viralização’, criando factos em vez de os relatar. 

Em Cascais, como no país, temos uma crise inflacionista para vencer. Precisamos de tempo para tratar de assuntos bem mais sérios.

É tempo de escolher a verdade e os factos.

Aproveito para sinalizar que 70 anos depois o Edifício Cruzeiro, no Monte Estoril, renasce das cinzas para ser a nova Fénix das Artes Perfomativas. Estará aberto ao público a partir de dia 28 de janeiro. Será uma nova centralidade cultural com todo o seu esplendor com equipamento que vem reforçar a oferta de Teatro, Cinema, Música e Dança no concelho, mas também formar todo o talento que vai passar por aqui. Será a âncora da Vila das Artes dedicada às Artes Performativas, tal como o Bairro dos Museus em Cascais é dedicado às Artes Plásticas. 

Terá um auditório municipal com 400 lugares, uma biblioteca especializada em obras cinematográficas e ainda instalações destinadas à Escola Profissional de Teatro de Cascais e do Teatro Experimental de Cascais (TEC), a poucos passos de distância. O edifício tem ainda na vizinhança o Conservatório de Música de Cascais, a Escola de Dança, o Museu da Música Portuguesa e o Casino Estoril, que juntos vão compor a Vila das Artes. Esta intervenção representou um investimento de nove milhões de euros.

Também aqui houve movimentos que me acusaram de querer fazer um projeto residencial. De facto, vai ser a residência profissional para artistas de teatro, da cultura, da música, da dança e do cinema. Tal como sempre combati, este edifício não seria outra coisa a não ser um equipamento cultural . 

Ao longo dos anos, o Edifício Cruzeiro foi conhecendo o abandono e, por conseguinte, viu os seus espaços comerciais a serem fechados. Poucos sabem qual foi o seu primeiro propósito, ou seja, que se tratava de um centro comercial. 
Mas a degradação e encerramento do espaço foi motivo de tristeza para muitos cascalenses. Por isso, esta requalificação está a merecer a aprovação e satisfação de quase todos, não fosse ter havido os demagogos, (i)liberais e populistas que mais uma vez se descredibilizaram ao serem confrontados com a realidade.
É uma das obras culturais com maior dimensão no país. 

Porque cumprimos com os nossos compromissos, continuamos a erguer um Cascais mais forte. Investimos no Património. Democratizamos a Cultura.