Mais de 2.770 pessoas em vigilância eletrónica

Número aumentou em relação ao mesmo período do ano passado.

Mais de 2.700 pessoas estavam, no final do ano passado, em vigilância eletrónica, sendo que, mais de metade era por violência doméstica. 

Os números foram esta quarta-feira avançados pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), cujos dados indicam que, a 31 de dezembro de 2022, estavam em execução 2.770 penas e medidas fiscalizadas com recurso à vigilância eletrónica, o que representou 4.452 pessoas monitorizadas diariamente entre arguidos, condenados e vítimas.

O número de pessoas em vigilância eletrónica (E) aumentou 6,74% comparativamente com os 2.595 casos em execução a 31 de dezembro de 2021.

Além disso, a DGRSP adianta ainda que foi observada uma diminuição nas solicitações em execução das medidas de flexibilização das penas de prisão, nomeadamente na Adaptação à Liberdade Condicional (-33,33%) e na Modificação da Execução da Pena de Prisão (-42,11%).

De acordo com os números agora divulgados, "apesar da pouca expressão, a vigilância eletrónica por crime de incêndio florestal registou um crescimento de 22,22%", estando sujeitos a pulseira eletrónica 11 arguidos no final de 2022.

Também a vigilância eletrónica por violência doméstica voltou a registar um aumento, neste caso de 11,92% em reação ao mesmo período do ano passado, estando atualmente a ser alvo de monotorização 1.662 agressores. 

"Em dezembro de 2022, a VE por crime de violência doméstica, com 1.662 casos em execução, representou 60% do total, continuando a aumentar o número de medidas em execução face a dezembro de 2021, ou seja, mais 177 casos e um crescimento de 11,92%", lê-se no documento.

Em termos de localização, das 2.770 penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica em execução no final do ano passado, 1.005 (36,28%) foram na região Norte, 27,91% no Centro e 23% em Lisboa Vale do Tejo.