O Banco Montepio fechou 2022 com um resultado líquido consolidado positivo de 33,8 milhões, o que representou um aumento de 27,2 milhões face aos 6,6 milhões registados em 2021.
"No final do 2º ano de implementação do plano de ajustamento operacional e cumprindo a meta nacional estipulada para a Igualdade de Género – 40% de mulheres em cargos de decisão até 2030 (Conselho de Administração, Comissão Executiva e Direções de 1.ª Linha), o Banco Montepio consolidou a tendência de evolução favorável da sua atividade, consubstanciada em seis trimestres consecutivos com resultados líquidos positivos, suportada no crescimento do negócio e na eficiência operacional", revelou a instituição financeira liderada por Pedro Leitão.
E admite que"resultados alcançados em 2022 refletem os progressos significativos do Banco Montepio na redução dos ativos não produtivos e dos ativos não estratégicos, com o objetivo de reduzir o risco de balanço e reforçar os rácios de capital para níveis confortavelmente acima dos requisitos regulamentares, refletindo também o aumento do negócio que permitiu uma melhoria expressiva dos níveis de produtividade".
A margem financeira registou um aumento de 8,1% ao evoluir de 232,6 milhões em 2021 para 251,5 milhões em 2022, "beneficiando do desempenho comercial consubstanciado na evolução favorável do crédito performing e no reforço das aplicações efetuadas em títulos".
As comissões líquidas subiram 5,1% (+5,8 milhões) em 2022, ascendendo a 120,5 milhões, enquanto os resultados de operações financeiras contabilizados em 2022 totalizaram 12 milhões, face aos 10,8 milhões registados em 2021.
O crédito a clientes (bruto) totalizou 12.068 milhões no final de 2022, com o crédito performing a registar um aumento de 246 milhões face ao valor apurado em 31 de dezembro de 2021. "Na sequência da implementação da estratégia de contínua redução das exposições não produtivas, no ano de 2022 o crédito non-performing registou uma redução de 328 milhões, fixando-se em 647 milhões."
Os depósitos de clientes ascenderam a 13.115 milhões no final de 2022, uma subida de 405 milhões (+3,2%) face ao total reportado no final de 2021. "Esta variação positiva está suportada no aumento dos depósitos dos clientes particulares e empresa face ao final de 2021, em 180 milhões e 225 milhões, respetivamente".
Os resultados foram também influenciados pelos "objetivos do plano de ajustamento operacional, nomeadamente no que respeita à otimização da rede de balcões, à digitalização e à redução do quadro de pessoal, estão a ser cumpridos com grande sucesso, contribuindo para consolidar uma melhoria sustentada da rendibilidade e eficiência".
A redução dos custos operacionais foi de oito milhões. No ano passado foram encerrados 15 balcões, passando a deter 239 balcões em Portugal. Já o número de trabalhadores foi reduzido em 72 pessoas, passando a contar com um quadro de pessoal com 3406 pessoas.