Detidos turcos com ligação a desabamentos

As autoridades turcas estão a investigar 163 pessoas acusadas de “negligência na construção” de edifícios que desabaram durante sismo.

Numa altura em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou um balanço que fala em mais de 40 mil vítimas mortais na sequência dos sismos na Turquia e Síria, as autoridades turcas anunciaram mais de 110 mandados de detenção a indivíduos ligados a “negligência na construção” dos edifícios que desabaram.

As autoridades estão a investigar 163 pessoas que consideram estar envolvidas no “desabamento de prédios”. Entre aqueles que estão sob investigação, oito foram presos e 48 estão detidos, avança a agência de notícias estatal turca Anadolu.

Entre os que foram presos, e que aguardam julgamento, a sua responsabilidade foi declarada por promotores públicos.

“Alguns dos edifícios têm 30 anos, alguns são mais antigos, outros têm 20 e alguns foram construídos mais recentemente, estas são as informações dos nossos municípios”, disse o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, citado pela CNN.

O ministro revelou que os escritórios do procurador público em todas as áreas afetadas pelo terremoto estão a realizar investigações judiciais. “As auditorias estão sujeitas à avaliação dessas informações, e nossos promotores públicos realizam investigações para determinar quem está envolvido nessas construções”.

Líderes rebeldes pedem ajuda Enquanto a Síria aguarda pela tão necessitada ajuda para salvar as vítimas do sismo, um líder rebelde sírio Ahmed Hussein al-Shara, também conhecido pelo “nome de guerra” Abu Mohammad al-Jolani, apelou à ajuda internacional destinada à província de Idlib, no noroeste do país.

“As Nações Unidas precisam de entender que é preciso ajudar durante uma crise”, disse o homem cuja “cabeça” tem uma recompensa de 10 milhões de dólares (cerca de 9 milhões de euros) para o governo dos Estados Unidos.

Vários países, incluindo Portugal, enviaram equipas especializadas de busca e salvamento para a Turquia, mas a ajuda à Síria tem sido dificultada pela guerra civil iniciada em 2011.

O conflito na Síria já matou quase meio milhão de pessoas e devastou as infraestruturas do país.