O dia 24 de fevereiro marca o primeiro aniversário da invasão russa na Ucrânia, uma guerra que tem deixado um rasto de devastação e que chegou a um impasse.
«Muitos analistas esperavam que a resistência ucraniana desmoronasse em dias», escreve Tim Lister na CNN, «mas, durante um ano, os militares ucranianos, apesar de enfrentarem uma força muito maior, reverteram os ganhos iniciais das forças russas em Kharkiv e Kherson, mantendo a linha na disputada região de Donbass».
Com o apoio militar da comunidade internacional, que incluiu o envio de mísseis Patriot por países como os Estados Unidos ou a Alemanha, assim como de tanques de guerra Leopard 2, a Ucrânia conseguiu manter um certo equilíbrio no campo de batalha.
Até ao momento, segundo uma estimativa publicada pela BBC, já morreram mais de 200 mil soldados durante a invasão russa, estimando-se que cada exército tenha registado cerca de 100 mil fatalidades.
O que se segue? A assinalar esta data redonda, Vladimir Putin revelou que as forças russas vão investir em novos ataques em cidades chave da Ucrânia.
Na véspera do aniversário da invasão, o Guardian noticiava que o estado-maior da Ucrânia alegou ter repelido 90 ataques nas últimas 24 horas.
«Não quebrámos, superámos muitos desafios e vamos vencer. Vamos responsabilizar todos aqueles que trouxeram este mal, esta guerra, para a nossa terra», prometeu o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
No espaço de um ano, a Rússia «disparou 5 mil mísseis contra a Ucrânia e realizou quase 3500 ataques aéreos», refere o Guardian, reduzindo cidades inteiras a escombros. Segundo o Alto Comissariado Nações Unidas para os Direitos Humanos pelo menos mais de oito mil civis perderam a vida.
A invasão da Ucrânia provocou a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial: «Mais de 8 milhões de refugiados estão espalhados pela Europa, nos Estados Unidos e noutros países», diz o USA Today. Muitos deles não tencionam regressar ao seu país.