Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, o atual administrador da SAD do Benfica, Soares de Oliveira, e o diretor financeiro, Miguel Moreira, foram acusados de três crimes de fraude fiscal e 19 de falsificação no âmbito do processo “Saco Azul”. Estão ainda acusados mais quatro arguidos e uma empresa.
A notícia é avançada pelo jornal Expresso, que acrescenta ainda que tanto a Benfica SAD e a Benfica Estádio também estão acusadas de fraude fiscal.
Na base das acusações está o pagamento de 1,650 milhões de euros à Questão Flexível, uma "pequena empresa de consultoria informática" cujo dono terá cobrado 11% do "dinheiro recebido para passar faturas por serviços fictícios". Ou seja, no total, recebeu cerca de 190 mil euros.
“Tinham perfeita consciência de que as faturas emitidas pela Questão Flexível em benefício das sociedades Benfica, SAD, e Benfica Estádio, S.A., não titulavam quaisquer operações económicas”, garante o procurador Hélder Branco dos Santos numa acusação, a que o Expresso teve acesso.
O dono da empresa, José Bernardes, “agiu com consciência e vontade de ser compensado monetariamente”, sublinhou o procurador.
O Ministério Público entende que houve uma fuga aos impostos (IVA e IRC) de mais de 500 mil euros, que deverá ser pago "solidariamente" por todos os arguidos.