Um dos cincos nomes mencionados pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa refere-se a um padre que já foi alvo de um processo e que foi afastado, mas já voltou ao ativo, revela a diocese de Setúbal.
A diocese, em comunicado assinado pelo administrador diocesano daquele distrito, informa que se os testemunhos recolhidos pela comissão revelarem novos factos, será aberto um novo processo, uma vez que o padre cumpriu "as medidas decorrentes" do processo canónico por abuso sexual de menores.
"A informação recebida da Comissão Independente foi por mim transmitida ao atual superior eclesiástico do sacerdote", acrescenta o administrador da diocese de Setúbal.
Já no que diz respeito aos restantes nomes de padres que a diocese de Setúbal recebeu, a mesma nota acrescenta um deles está "sob jurisdição de diferente autoridade eclesiástica" e que, enquanto esteve sob jurisdição do bispo de Setúbal, "nada consta sobre denúncia de abuso de menores".
Por sua vez, no que toca a dois outros padres sinalizados, não existem arquivos diocesanos de "informações que permitam averiguar as denúncias que levaram a incluir estes sacerdotes na lista de alegados abusadores", diz a diocese.
"Serão devidamente tratadas, do mesmo modo como as que têm chegado diretamente à Comissão de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis da nossa Diocese, a fim de continuarmos a dar o nosso contributo para erradicar, de modo justo e eficaz, os abusos contra menores e adultos vulneráveis, trabalhar na sensibilização e prevenção, adotando uma atitude de "tolerância zero" perante estas situações e prestar apoio e cuidado às vítimas", explica a mesma fonte.
Há ainda um outro padre que foi objeto de dois processos e está neste momento afastado do seu exercício, apesar dos documentos não se referirem a abusos sexuais. Ainda assim, tendo em conta que a Comissão identificou um ato de abuso de menor, a diocese está a aguardar mais pormenores.