No último sábado completaram-se três anos desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a covid-19 como uma pandemia. As linhas que se seguem pouco têm a ver com o vírus que transformou as casas em celas, embora o acessório que marcou este período venha a propósito: a máscara. Mas o reconhecimento facial que aparentemente havia sido recuperado após o alívio desta restrição parece ter um adversário à altura: os filtros, ou seja, a nova maquilhagem das redes sociais. Esta tecnologia surgiu há cerca de oito anos e o seu êxito não é difícil de explicar quando passa a ser possível acabar com o acne sem consultas de dermatologia ou conseguir um bronzeado digno de umas férias paradisíacas em apenas um segundo. Obviamente que não se trata de uma novidade no sentido em que a questão já se levantava com as aplicações de correção de fotografias, mas com os vídeos a ganharem cada vez mais terreno nas últimas redes de sucesso – como o Instagram, TikTok ou Snapchat -, a manipulação de imagem tornou-se ainda mais flagrante. E o aperfeiçoamento destes filtros levou a que a famosa bolsa de maquilhagem se tornasse obsoleta e fosse reduzida no dia a dia a um smartphone. No universo digital, o debate sobre o tema volta habitualmente a cada novo filtro que fica disponível – que só não é capaz de fazer inveja a muitos procedimentos estéticos pelo facto de perder o efeito pretendido no momento em que a aplicação é desligada.
A maquilhagem da redes
No universo digital, o debate sobre o tema volta habitualmente a cada novo filtro que fica disponível – que só não é capaz de fazer inveja a muitos procedimentos estéticos pelo facto de perder o efeito pretendido no momento em que a aplicação é desligada.