A Associação Nacional de Restaurantes (Pro.var), numa reação à medida de IVA zero nos alimentos básicos, defende a mesma medida para a restauração. “O Governo, ao reduzir apenas o IVA dos produtos alimentares provoca o efeito de desincentivar o consumo nos restaurantes”, diz a associação liderada por Daniel Serra, acrescentando que “esta opção será mais um contributo para a perda de competitividade da atividade e do setor do turismo em geral, para o aumento de falências e para o despedimento de milhares de trabalhadores”.
Daí insistir na necessidade da descida do IVA da restauração, defendendo que, se for implementada, “terá dois efeitos positivos: a viabilidade dos negócios, pois a medida permitirá reduzir o impacto negativo da inflação das matérias-primas e de outros custos de fatores de produção e terá também outro efeito positivo, uma redução de preços ao consumidor”. E afirma: “a repercussão da medida nos preços acabará por ser refletida, pelo fator escala na produção, num setor que já por si, tem uma forte pressão em baixa dos preços, por ser muito diverso e atomizado, com forte presença de micro e pequenas empresas”.
Mas esta não é a única exigência da Pro.var que diz que, ainda devido aos prejuízos da pandemia, reclama por apoios “que acabaram por ser escassos ou por nunca chegar, os restaurantes aguardam pelas contas finais para fecharem este dossiê”.
Daniel Serra afirma que os empresários reclamam “das fortes perdas que foram sujeitos, pela redução da atividade, por força das restrições, e relembram o Governo que tomaram decisões de gestão irresponsáveis e de alto risco, e que nunca o teriam feito, se não fosse por indicação expressa do Governo, que prometera que logo que a pandemia fosse debelada, seriam ressarcidos dos prejuízos”.