Alex Chalk é o novo ministro da Justiça britânico

Chalk, que é deputado desde 2015, tem formação em Direito e serviu como advogado e procurador público e também como secretário de Estado da Justiça enquanto responsável pelo serviço de prisões.

Depois de Dominic Raab se demitir, esta sexta-feira de manhã, no mesmo dia, o secretário de Estado da Defesa Alex Chalk foi promovido a ministro da Justiça britânico.

Chalk, que é deputado desde 2015, tem formação em Direito e serviu como advogado e procurador público e também como secretário de Estado da Justiça enquanto responsável pelo serviço de prisões.

O atual Chanceler do Ducado de Lancaster, Oliver Dowden, um membro do Governo com categoria de ministro e responsabilidades de coordenação, herdou de Raab o título de vice-primeiro-ministro.

Dominic Raab anunciou a sua demissão sexta-feira de manhã, antecipando-se a uma decisão do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que estava a analisar desde quinta-feira um relatório independente sobre alegações de intimidação ('bullying') que visavam o seu "número dois" no executivo (que também acumulava a pasta da Justiça).

Numa carta de demissão, Raab disse sentir-se "obrigado a aceitar o resultado", afirmando ainda que o processo em questão cria "um precedente perigoso.

"Vai encorajar queixas desonestas contra ministros, e terá um efeito arrepiante sobre aqueles que conduzem reformas em nome do Governo – e, em última análise, do povo britânico", avisou.

No relatório, elaborado pelo advogado Adam Tolley, lê-se que a conduta de Raab "envolveu um abuso ou uso inadequado de poder de uma forma que incomoda ou humilha".

"Em particular, ele foi para além do que era razoavelmente necessário para dar efeito a decisões e introduziu um elemento punitivo", acrescenta, indicando que o antigo ministro "deve ter tido consciência deste efeito" ou deveria ter tido. 

Rishi Sunak manifestou "grande tristeza" pela demissão do "número dois", aludindo a "imperfeições no longo processo que afetaram negativamente todos os envolvidos".    

Na sequência da demissão, fez uma mini-remodelação no executivo, transferindo James Cartlidge para o Ministério da Defesa e substituindo-o por Gareth Davies enquanto secretário de Estado das Finanças. 

Antecipando as licenças de maternidade iminentes de Michelle Donelan e Julia Lopez, indicou Chloe Smith para ministra da Ciência e John Whittingdale para secretário de Estado da Cultura, respetivamente.