Mais de 1600 cidadãos europeus já foram retirados do Sudão

O violento conflito no Sudão coloca o exército do general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do Sudão, e o seu adjunto e opositor, o general Mohamed Hamdane Daglo, que comanda as forças paramilitares de apoio rápido.

Desde o início do conflito entre as Forças Armadas do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Ação Rápida, já foram retirados mais de 1.600 cidadãos dos Estados-membros da União Europeia deste país.

"Posso dizer que 1.700 cidadãos da União Europeia estavam no Sudão quando o conflito eclodiu e que até hoje já saíram mais de 1.600", revelou a porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Nabila Massrali, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

A porta-voz afirmou que "o objetivo da União Europeia é contribuir para um cessar-fogo sustentável e [a abertura de] corredores humanitários" no Sudão.

"Estamos a trabalhar com os nossos parceiros para estabelecer uma coligação abrangente nesta matéria. As partes envolvidas no compromisso têm de respeitar os compromissos ao abrigo da lei humanitária internacional e proteger os civis", afirmou Nabila Massrali.

O violento conflito no Sudão coloca o exército do general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do Sudão, e o seu adjunto e opositor, o general Mohamed Hamdane Daglo, que comanda as forças paramilitares de apoio rápido.

Estes combates foram despoletados devido ao fracasso das negociações para a integração dos paramilitares nas forças armadas, no âmbito de um processo de transição política no Sudão, que já causou a morte de mais de 400 pessoas e ferindo mais de 4.000 civis, segundo as instituições locais e internacionais.