A Ucrânia sofreu o primeiro ataque russo em grande escala dos últimos dois meses, em Dnipro e Uman, tendo sido registados pelo menos doze mortos e dezenas de feridos
A maior parte das vítimas foram registadas em Uman, onde morreram dez pessoas, depois de um míssil atingir um prédio de apartamentos de nove andares. O embate aconteceu antes do amanhecer, enquanto os moradores ainda dormiam.
Na cidade de Dnipro, um míssil atingiu uma casa, matando uma criança de dois anos e uma mulher de 31 anos, informou o governador regional, Serhiy Lysak, citado pelo Guardian.
O líder das Forças Armadas da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, revelou em comunicado que as defesas do país tiveram de ser ativadas e ainda conseguiram abater dois drones e 21 dos 23 mísseis lançados pela Rússia, incluindo 11 em Kiev.
"Este terror russo tem de enfrentar uma resposta justa da Ucrânia e do mundo. E vai. Todos os ataques deste tipo, todos os atos malignos contra o nosso país e povo aproximam o estado terrorista do fracasso e da punição, não o contrário, como eles pensam", escreveu o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, numa mensagem partilhada no Telegram, acrescentando que “não vamos esquecer nenhum crime, não vamos deixar nenhum invasor fugir da responsabilidade".
Apesar de a Rússia ter bombardeado regularmente cidades e infraestruturas ucranianas no inverno, os ataques maciços tornaram-se mais raros nos últimos meses.
Atualmente, a maior parte dos combates decorre no Leste, onde é disputado o controlo da região industrial de Donbass, incluindo a cidade de Bakhmut, que foi quase completamente destruída.