O Presidente da Ucrânia vai a Haia, esta quinta-feira, para se reunir com representantes do Tribunal Penal Internacional (TPI), explicaram fontes oficiais à Agência France Press (AFP).
O TPI investiga crimes de guerra alegadamente cometidos pelo Exército da Rússia em território ucraniano, tendo emitido um mandado de captura contra o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, avança a Lusa.
"Estamos em Haia, vamos encontrar-nos com dirigentes do Tribunal Penal Internacional", disse à AFP Serguii Nykyforov, porta-voz do Presidente ucraniano.
A visita a Haia acontece um dia depois de Zelensky ter negado o envolvimento das forças de Kiev no alegado ataque contra o Kremlin, em Moscovo, com aparelhos aéreos não tripulados (drones).
Para Moscovo foi uma tentativa de assassinato de Vladimir Putin.
Na quarta-feira, na Finlândia, Zelensky respondeu às acusações russas sublinhando que a Ucrânia não "quer atacar Putin".
"Queremos deixar isso para o tribunal", afirmou o Presidente da Ucrânia.
Um comunicado do TPI, no dia 18 de março, indicava que Vladimir Putin "é alegadamente responsável pela deportação (de crianças) e da transferência ilegal (de crianças) das áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação da Rússia".
A possibilidade de Putin se sentar no banco dos réus é muito pequena, porque a instância judicial das Nações Unidas, com sede na Holanda, não dispõe de uma força policial para executar mandados de detenção na Rússia, e é também improvável que o chefe de Estado russo venha a deslocar-se a um dos 123 países que ratificaram o TPI.