Primeiro-ministro da Eslováquia apresentou demissão

A crise política na Eslováquia, agravou-se esta semana depois de, na quinta-feira, o ministro da Agricultura, Samuel Vlcan, ter anunciado a sua demissão após a revelação de um caso relativo a um subsídio de 1,4 milhões de euros concedido à sua empresa.

O primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, revelou, este domingo, que apresentou a renúncia do seu governo interino após uma crise política persistente.

"Pedi à Presidente para revogar o meu mandato", disse Heger, que lidera o governo interino desde dezembro, aos jornalistas, referindo-se ao pedido à líder eslovaca, Zuzana Caputova.

A crise política na Eslováquia, agravou-se esta semana depois de, na quinta-feira, o ministro da Agricultura, Samuel Vlcan, ter anunciado a sua demissão após a revelação de um caso relativo a um subsídio de 1,4 milhões de euros concedido à sua empresa, e, no dia seguinte, o ministro das Relações Exteriores, Rastislav Kacer, também anunciou o seu desejo de deixar o governo, apesar de não ter especificado os motivos de sua decisão.

O Parlamento da Eslováquia aprovou uma moção de censura ao governo de coligação de Eduard Heger, apresentada pelo seu antigo aliado liberal, a 15 de dezembro, e, um dia depois, o governo demitiu-se formalmente, tendo  a Presidente Zuzana Caputova apelado à realização de eleições antecipadas até junho de 2023

A aprovação da moção de censura contra o governo minoritário não obrigou automaticamente à realização de eleições antecipadas e o governo de Heger permaneceu em funções até novas eleições no país, desde que se concretize uma emenda constitucional que permita a sua realização.

A Constituição deste país não permite eleições antecipadas, contudo, o Supremo Tribunal levantou a opção de alterar a Constituição, com a aprovação de uma maioria de três quintos dos 90 membros do parlamento.

Os deputados da Eslováquia, em janeiro, decidiram marcar para 30 de setembro as eleições legislativas.