Gouveia e Melo diz que “a Marinha não mente” e que missão abortada e denúncias dos 13 militares foram “coincidência”

“Coincidências más também acontecem”, afirmou o almirante.

O chefe do Estado-Maior da Armada admitiu, esta quinta-feira, que a imagem da Marinha saiu fragilizada da polémica com o NRP Mondego, mas fez questão de frisar que “não mente” e que dentro de um mês serão conhecidas as conclusões do processo interno.

"Naturalmente que este caso Mondego fragilizou a imagem da Marinha. No entanto, gostaria de referir que a Marinha é uma organização muito grande, não são 13 pessoas", afirmou o almirante Henrique Gouveia e Melo, em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação do programa comemorativo do Dia da Marinha, no Porto.

Confrontado com as denúncias dos 13 militares que recusaram assumir o seu posto no navio e uma missão abortada, por razões técnicas, pouco depois, o almirante foi perentório: “A Marinha não mente”.

"Nós somos muita gente, mesmo que quiséssemos mentir, era impossível mentirmos. A Marinha tem muitas testemunhas, tem muitas pessoas a participar nos processos. Aquilo foi um incidente, que é um incidente de procedimentos, não esteve nenhuma avaria envolvida no incidente. Infelizmente foi uma coincidência e as coincidências más também acontecem", disse ainda.