Israel retirou-se das negociações para alcançar tréguas com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza, depois de a Jihad Islâmica Palestiniana (JIP) ter lançado novo disparos de foguetes em direção a cidades do sul de Israel, mas também a Telavive e Jerusalém.
Perante este impasse, a Jihad Islâmica ameaça continuar os ataques até às manifestações marcadas para a próxima semana.
"Se a escalada israelita continuar, não vamos parar antes da Marcha das Bandeiras", informou a Jihad Islâmica Palestiniana (JIP), referindo-se à polémica manifestação israelita ultranacionalista marcada para a próxima quinta-feira.
A Marcha das Bandeiras, que este ano tem autorização para entrar no bairro muçulmano da Cidade Velha, na zona oriental, tem sido foco de conflito todos os anos e foi uma das causas da escalada de tensão em maio de 2021 entre Israel e as milícias de Gaza.
Esta sexta-feira, a aviação israelita efetuou novos bombardeamentos contra alvos da JIP na Faixa de Gaza, especialmente na área de Rafah, a sul do enclave, onde 31 pessoas morreram (pelo menos 15 civis, incluindo seis crianças), além de uma em Israel. Este foi o quarto dia consecutivo de ataques israelitas.
Esta nova troca de tiros destruiu as esperanças de um acordo para acabar com nova escalada de conflito após 12 horas de calma, enquanto continuam os esforços de paz mediados por Egito, Qatar e Nações Unidas.
Esta mais recente onda de violência é a maior entre Gaza e Israel desde agosto de 2022 e teve início na terça-feira com ataques israelitas em território palestiniano, visando a JIP, uma organização considerada terrorista por Israel, pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos.