O lucro do BCP disparou nos três primeiros meses do ano, atingindo os 215 milhões, um valor que compara com 112,9 milhões registados em igual período do ano passado, “apesar dos efeitos adversos relacionados com o Bank Millennium”. Ainda assim, a operação na Polónia passou de um prejuízo de 26 milhões no primeiro trimestre para lucros de 53,6 milhões de euros, enquanto em Moçambique alcançou resultados líquidos positivos de 28,7 milhões de euros — acima dos 25,2 milhões de euros do período homólogo. Já em Portugal, o banco liderado por Miguel Maya obteve lucros de 170,8 milhões de euros, mais 58,9% face ao primeiro trimestre de 2022.
Os custos operacionais avançaram 5,3% para 268,5 milhões de euros — evolução que o banco relaciona com o impacto da inflação “nos outros gastos administrativos”. Por seu lado, as imparidades e outras provisões subiram 25,3% para 318,2 milhões de euros, dos quais 174,5 milhões são referentes a riscos legais dos créditos em francos suíços concedidos na operação da Polónia (+79,1% em termos homólogos) e 80,4 milhões de euros a imparidades de crédito.
Segundo o presidente executivo, o banco reestruturou 6500 créditos, dos quais 650 ao abrigo do decreto-lei que o Governo criou para forçar os bancos a negociar créditos de famílias em dificuldades. Quanto ao futuro diz apenas que “analisando cada caso, há clientes com dificuldades e que é com esses que tenta evitar incumprimentos dos empréstimos.
No final de março, o BCP contava com 6273 trabalhadores, mais nove do que no final de março de 2022. Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 21 funcionários. Em relação a balcões, contava com 408 sucursais, menos 13 do que no final do primeiro trimestre do ano passado, mas mantendo o número de balcões do final de 2022.