A RTP apresentou resultados líquidos positivos em 2022, pelo décimo terceiro ano consecutivo. Os resultados foram anunciados esta terça-feira pela estação pública que acrescenta que, globalmente, os resultados operacionais (EBITDA) ascenderam a 12,8 milhões de euros e o resultado líquido aos 767 mil de euros.
“Os resultados superaram o orçamento e ficaram acima das expetativas negativas decorrentes da guerra da Ucrânia, evolução negativa da taxa de inflação, aumento do custo de energia e das taxas de juro e clima generalizado de incerteza”, explica a RTP.
E acrescenta que “apesar destes fatores foi possível obter ganhos de eficiência, que levaram a resultados económicos e financeiros positivos e a reduzir a dívida bancária”.
A estação pública explica as principais razões para o desempenho financeiro da RTP: as receitas totais ascenderam a 230,6 milhões de euros (+3,3% face a 2021), com o crescimento das receitas comerciais em 3,9 milhões de euros (+9,3%) e da contribuição para o audiovisual (CAV) em 3,5 milhões de euros (+1,9%).
Já os gastos e perdas ascenderam a 217,8 milhões de euros (+4,2%), devido ao “aumento de 7 milhões de euros de custo de grelha (sobretudo pelo efeito dos direitos de transmissão do Mundial de Futebol 2022, tendo este custo sido parcialmente compensado pela redução de custo da restante grelha)”, juntando-se o aumento de custos com pessoal e fornecimentos e serviços externos no total de 1,7 milhões de euros (aumento de FSE’s explicado pelo aumento de custos energéticos).
A RTP avança ainda que o endividamento bancário diminuiu 7,4 milhões para os 84,8 milhões de euros e o capital próprio foi reforçado em 5,4 milhões de euros, “contribuindo para a melhoria do balanço da RTP”.
Já o investimento fixou-se em 4 milhões de euros, “abaixo dos 7 milhões de euros orçamentados, devido a limitações de disponibilidade de equipamentos e tempos de entrega e necessidade de rever procedimentos de compra”.
E acrescenta ainda que “apesar da não atualização do valor da CAV, a RTP continua a privilegiar o investimento em inovação, prevendo reforçar o seu investimento em 2023, em sustentabilidade energética (com candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência já aprovadas, num total de 7,3 milhões de euros)”.