Dezenas de milhares de manifestantes ocuparam as ruas de Belgrado para protestar contra a violência na Sérvia.
Este movimento surgiu após dois tiroteios mortais e transformou-se numa contestação ao Governo, com o lema "Sérvia contra a violência", e tem levado manifestantes a sair às ruas de Belgrado todas as semanas desde os dois assassinatos ocorridos no início de maio, com menos de 48 horas de intervalo.
A 3 de maio, um rapaz de 13 anos matou nove colegas e um guarda numa escola em Belgrado e, menos de dois dias depois, um jovem assassinou oito pessoas em duas aldeias perto da capital.
Numa primeira instância, estas manifestação assumiram um caráter de luto pelas vítimas, contudo, o protesto tem evoluído para a contestação ao Governo do Presidente Aleksandar Vucic.
Apesar da chuva que caia na capital da Sérvia, os manifestantes concentraram-se junto ao parlamento e dirigiram-se depois para a sede da televisão nacional (RTS), onde exigiram a demissão da direção, acusada de ser "porta-voz" do poder.
Para além deste despedimento, os manifestantes exigem a revogação das licenças das estações de televisão pró-governamentais e a demissão do ministro do Interior e do chefe dos serviços secretos.
A última vez que os sérvios marcharam em massa foi em 2000, durante os protestos que levaram à queda do ex-Presidente Slobodan Milosevic.