A comunidade internacional prometeu enviar cerca de 1,375 mil milhões de euros para apoiar o Sudão.
"Esta crise vai exigir um apoio financeiro sustentado e espero que todos possamos manter o Sudão no topo da nossa agenda", disse o chefe humanitário da ONU, Martin Griffiths, no final de uma conferência de doadores em Genebra, organizada a meio de um cessar-fogo de três dias no Sudão, que parece ter restaurado a calma na capital, Cartum.
Apesar da trégua, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o Sudão está a mergulhar "na morte e na destruição a um ritmo sem precedentes".
"Sem um forte apoio internacional, o Sudão pode tornar-se rapidamente num lugar de anarquia, causando insegurança em toda a região", avisou o secretário-geral português, durante a abertura de uma conferência para angariar fundos para responder à crise humanitária, citado pela agência France-Presse, numa altura em que este defende mais apoios internacionais para este país.
O violento conflito no Sudão coloca o exército do general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do Sudão, e o seu adjunto e opositor, o general Mohamed Hamdane Daglo, que comanda as forças paramilitares de apoio rápido.
Estes combates foram despoletados devido ao fracasso das negociações para a integração dos paramilitares nas forças armadas, no âmbito de um processo de transição política no Sudão.