Já são mais de 43 milhões as crianças refugiadas a nível mundial. O número, contabilizado pela UNICEF, em 2022, representa um recorde, tendo duplicado na última década.
O relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), publicado esta terça-feira – dia em que se assinala o Dia Mundial do Refugiado – refere que das 43,3 milhões de crianças que se encontravam deslocadas no final do ano passado, quase 60% (25,8 milhões) tem por motivo conflitos e violência.
"O número de crianças forçadas a fugir das suas casas tem aumentado a um ritmo alarmante há mais de uma década e a nossa capacidade global de resposta está sob forte pressão", afirma a diretora executiva da UNICEF, Catherine Russell, num comunicado.
"Este aumento reflete o impacto dos conflitos, crises e desastres climáticos em todo o mundo, mas também mostra a resposta insuficiente de muitos Governos para garantir que todas as crianças refugiadas e deslocadas internamente possam continuar a aprender, manter-se saudáveis e a desenvolver todo o seu potencial", acrescentou.
As alterações climáticas originaram também mais 12 milhões de deslocamentos de crianças ao longo de 2022.