Dois terços das instalações de saúde do Sudão estão fora de serviço

Desde o início do conflito no Sudão, serviços essenciais foram interrompidos, inclusive para emergências, crianças, desnutrição e doenças não transmissíveis, enquanto a OMS registou 46 ataques contra serviços de saúde desde o início dos combates entre o exército e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

Dois terços das instalações de saúde em áreas afetadas por conflitos estão fora de serviço no Sudão, alertou a OMS, que refere estar muito preocupada com as epidemias de sarampo, malária e dengue.

"Dois meses de violência tiveram um impacto severo nos serviços de saúde", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa em Genebra, acrescentando que "cerca de dois terços das instalações de saúde nas áreas afetadas estão fora de serviço".

"Ataques repetidos a instalações de saúde, armazéns de medicamentos, ambulâncias e profissionais de saúde estão a impedir que pacientes e profissionais de saúde cheguem aos hospitais", descreveu o diretor-geral da OMS, instituição que estima que pelo menos onze milhões de pessoas precisem de cuidados de saúde.

Desde o início do conflito no Sudão, serviços essenciais foram interrompidos, inclusive para emergências, crianças, desnutrição e doenças não transmissíveis, enquanto a OMS registou 46 ataques contra serviços de saúde desde o início dos combates entre o exército e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

O violento conflito no Sudão coloca o exército do general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do Sudão, e o seu adjunto e opositor, o general Mohamed Hamdane Daglo, que comanda as forças paramilitares de apoio rápido.

Estes combates foram despoletados devido ao fracasso das negociações para a integração dos paramilitares nas forças armadas, no âmbito de um processo de transição política no Sudão.