A Grécia vai realizar, este domingo, as segundas eleições gerais no espaço de um mês neste país.
Entre as grandes questões que marcam o exercício democrático está a migração, especialmente após o naufrágio da passada semana no mar Jónico, o desemprego e o défice comercial.
O naufrágio, considerado um dos mais trágicos desastres migratórios no Mediterrâneo, onde apenas foi encontrado uma centena de sobreviventes entre 750 pessoas, gerou um clima de grande tensão entre os dois principais candidatos: o conservador Kyriakos Mitsotakis e o progressista Alexis Tsipras.
Tsipras, líder do partido de oposição Syriza e antigo chefe do governo, criticou duramente a política de imigração do rival, acusando-o de não tratar o resgate das vítimas como uma "prioridade absoluta", enquanto Mitsotakis, a tentar a reeleição, considerou "muito injusto" que Tsipras e o Syriza assumam que os guardas costeiros "não fizeram devidamente o seu trabalho".
Segundo as últimas sondagens, a Nova Democracia (ND) de Mitsotakis deverá obter 41% dos votos, sendo esperado que fique mais de 20 pontos à frente do Syriza, que deverá ficar pelos 20%.
Estas percentagens de intenção de voto são idênticas às obtidas pelos partidos nas eleições legislativas de 21 de maio, contudo, o líder conservador desta vez precisa apenas de 39% para obter a maioria absoluta no Parlamento de 300 lugares.