por Fernando Camelo de Almeida
Desde o início da famigerada invasão russa na Ucrânia que tem sido notória e assinalável a preocupação dos Ucranianos com os seus animais de estimação.
São emocionantes as imagens que vão surgindo das pessoas a deixarem as suas casas em grandes momentos de aflição com os seus animais de estimação ao colo. Para aquele povo, não há circunstância alguma que justifique o abandono dos seus animais.
Acho esse facto muito elucidativo quanto ao caracter das pessoas que mesmo nas horas mais difíceis recorrendo ao seu espírito de sobrevivência, não deixam ninguém para trás. Esta é uma característica real de um povo que continua a ser fustigado diariamente por uma guerra fratricida provocada por um tirano louco e desprovido de qualquer valor ético ou moral.
Este exemplo dado ao mundo, deve servir como lição e originar uma profunda reflexão de todos os que por qualquer razão abandonam os seus animais de estimação por motivos completamente diferentes e inquestionavelmente menores.
Depois temos outro tipo de “animais” que nos merecem total desprezo, são aqueles que invadem um País soberano sem dó, nem piedade. Matam civis, violam mulheres, atacam hospitais e escolas, torturam de forma animalesca pessoas inocentes, só porque sim.
Esses “animais” destroem a vida de milhares e milhares de Ucranianos sem olhar a meios e muitas das vezes é evidente o prazer com que o fazem. São “animais” selvagens que permanecem indevidamente, num País que não lhes pertence, a mando de outros “animais” que não deviam sequer existir.
A mais recente destruição da barragem de Kakhovka é apenas mais um exemplo do que os “animais” selvagens são capazes de fazer e hoje o mundo teme o recurso ao nuclear, por saberem que estes “animais” são capazes do pior.
Apesar de tudo, por cá e por outros países, ainda há quem tente desresponsabilizar ou até defender os asquerosos “animais” selvagens em vez de os condenar, e não assuma a defesa do povo mártir que a todo o custo salva os seus animais de estimação.
Optei por escrever acerca dos animais na Ucrânia, por entender que o instinto de proteção do povo ucraniano para com os animais é digno de registo e as imagens que nos chegam desde o início da invasão russa são tocantes, não sendo habitual fazer-se grande referência a esse facto. Por outro lado, porque contrasta de forma gritante com os outros “animais” que invadiram o seu território e lhes têm destruído vida.
Que vençam os animais de estimação e seus donos sobre os hediondos “animais” selvagens que tardam em tombar.