Depois de um percurso imaculado na fase de qualificação, Portugal começou o Campeonato da Europa de Sub 21 com um resultado tão surpreendente quando merecido. Há seis anos que Portugal não perdia por dois golos em fases finais. A Geórgia é muito forte fisicamente, mas isso não justifica a péssima exibição da equipa nacional, que tem jogadores tecnicamente mais evoluídos. De salientar que cinco jogadores georgianos sentaram-se no banco de suplentes, uma vez que estiveram na seleção principal que perdeu contra a Escócia (0-1) na terça-feira. Foi um completo desastre a exibição da equipa nacional, que passou o tempo a ver a Geórgia a jogar e a cometer erros, bem aproveitados pelo adversário. A diferença de dois golos acaba por ser simpática para os portugueses. O coletivo esteve ausente e as mudanças de sistema de jogo só vieram baralhar a equipa. E a expulsão de Tomás Araújo agravou ainda mais a situação. O técnico Rui Jorge considerou que «o resultado não traduz o que se passou em campo». «Na primeira parte tínhamos o jogo controlado, mas não tivemos agressividade ofensiva. Com dois golos de desvantagem tentámos reagir, mas não conseguimos marcar e a equipa ficou intranquila. Depois da expulsão jogamos com o coração e sem sentido tático», disse.
João Neves teve a pior estreia nos Sub 21. «Entrámos bem e a pressionar, mas não fomos eficazes e isso paga-se caro nestas competições. Podíamos ter feito melhor» reconheceu o médio.
No outro jogo do grupo, a Bélgica e os Países Baixos empataram (0-0), o que acaba por ser um resultado simpático para Portugal, desde que vença essas duas equipas nos próximos jogos.