A oposição da Bielorrússia avisou esta quarta-feira que,”a qualquer momento”, o Presidente Aleksandr Lukashenko “pode trair Prigozhin ou Prigozhin pode trair Lukashenko”, uma vez que “não são aliados “ e que “não confiam um no outro”.
Tikhanovskaya, que está, atualmente, exilada na Lituânia, afirma que a escolha do líder bielorrusso de apoiar o regime de Moscovo e a guerra na Ucrânia serve para salvar o próprio governo.
"Não agiu para salvar a face de Putin, nem para salvar Prigozhin, nem para evitar que a guerra civil rebentasse na Rússia", afirmou.
“Lukashenko só se preocupou com a própria sobrevivência pessoal, porque Lukashenko sabe que, se as fações da Rússia entrarem em conflito, ele pode pagar o preço", disse.
"Se os combatentes de Prigozhin invadissem a Bielorrússia em grande número, poderiam ameaçar a Europa", referiu ainda, acrescentando que “a presença do próprio Prigozhin ou do grupo Wagner no nosso território é, antes de mais, uma ameaça para o povo bielorrusso e para a nossa independência”.