“O NOS Alive tem 15 edições, mas 17 cartazes”, evidencia Álvaro Covões recordando a pandemia

O evento começa esta quinta-feira e espera receber um total de 165 mil pessoas ao longo dos três dias, com uma média de 55 mil pessoas por dia.

"O NOS Alive tem 15 edições, mas 17 cartazes: para memória futura, nunca deveremos esquecer estes dois anos difíceis em que, principalmente, no setor da cultura não podemos trabalhar", começou por dizer Álvaro Covões, diretor da Everything is New e dirigente da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos, na véspera do primeiro dia do NOS Alive em conferência de imprensa, sendo que, em entrevista à agência Lusa e à RTP, à margem de uma visita guiada ao recinto, reforçou esta ideia.

O evento começa esta quinta-feira e espera receber um total de 165 mil pessoas ao longo dos três dias, com uma média de 55 mil pessoas por dia. Álvaro Covões destacou a presença de mais de 110 artistas, incluindo grandes nomes internacionais como Red Hot Chili Peppers, Arctic Monkeys, Sam Smith, Queens of the Stone Age, Lil Nas X, Lizzo e The Black Keys.

Além dos cabeças de cartaz, Covões ressaltou a importância de artistas como King Princess, Carolina Deslandes e Barbara Tinoco, que também se apresentarão no festival. O objetivo é proporcionar um evento de grande porte, com concertos memoráveis e várias representações artísticas, incluindo um palco de comédia.

Em termos de organização, o festival procura manter os serviços principais nas mesmas localizações, para que os frequentadores habituais do evento possam orientar-se facilmente. Uma das novidades deste ano é a introdução da recolha seletiva de lixo orgânico para compostagem, seguindo um programa iniciado pela Câmara Municipal de Oeiras.

Após dois anos de edições adiadas devido à pandemia de covid-19, este é o primeiro ano em que o festival ocorre em total normalidade. Covões expressou a sua emoção ao ver tantas pessoas a trabalhar e contribuir para a indústria da cultura, evidenciando a importância de superar os desafios enfrentados pelas empresas e profissionais da cultura nos últimos anos, para que Portugal continue a apresentar os melhores eventos.

"Este setor é muito resiliente. Desde o início da pandemia sempre dissemos que íamos ser os primeiros a fechar e os últimos a abrir, e foi o que aconteceu. Em todas as indústrias houve pessoas que mudaram de profissão. Aqui, felizmente, tivemos muitos que foram resilientes, sofreram e quiseram continuar nesta área. Nem todos. Mas isso tornou possível, pelo menos, que tudo corresse agora de uma forma quase normal", disse, há um ano, em entrevista à LUZ.

Durante uma visita ao recinto, foi possível observar a montagem dos palcos, as áreas de alimentação e as estruturas de apoio, como casas de banho. O espaço é amplo e oferece áreas abertas onde até é possível jogar bola, ilustrando a amplitude do local.

"Na NOS temos um orgulho especial por fazer parte disto. É um momento extraordinário de vivência de música ao vivo e é cultura. É cultura neste espaço incrível que é o Passeio Marítimo de Algés, é cultura da nossa grande Lisboa, é cultura do nosso país e é uma obra extraordinária de uma enorme consistência ano após ano", explicou, à sua vez, Rita Torres Baptista, diretora de marca e comunicação da NOS. "De forma muito simples, a NOS é sobre ligações: vivemos ligados por uma estrutura invisível que nos liga. E essa estrutura só é visível na medida das coisas de que gostamos e este é um dos exemplos. Por isso, cá estamos!", exclamou.

"Não há palcos mais importantes do que outros, mas estamos virados para o Palco NOS neste momento. Todos são espaços acolhedores para que se viva a música com boa vibe. Em 2022, por exemplo, guardámos uma memória incrível daquilo que aqui aconteceu. A vida acontece no Instagram, no TikTok, no Facebook… Nos próximos dias porque estaremos todos ligados!", concluiu, sendo que as informações completas sobre o evento e o cartaz podem ser encontradas no site www.nosalive.com.