Devido às tensões que se tem vivido em França, o Presidente Emmanuel Macron decidiu renunciar o tradicional discurso do feriado nacional de 14 de julho, data que tinha agendado para fazer um balanço aos "100 dias de apaziguamento" das tensões registadas no país.
Macron tinha feito um apelo ao apaziguamento em meados de abril, contudo, esta quarta-feira, o gabinete da Presidência anunciou que o Presidente não falará a 14 de julho e que se pronunciará "nos próximos dias", sem adiantar uma data.
Quando o político francês agendou esta intervenção, a França estava a sair de vários meses de tensões sociais provocadas pela reforma das pensões pretendida por Macron.
O chefe de Estado tinha fixado esta data de forma a coincidir com o Dia Nacional de França, um feriado celebrado anualmente e que remonta à data da tomada da Bastilha, onde iria fazer uma "primeira avaliação" dos grandes projetos que deviam ser lançados para encerrar este capítulo.
Em causa estão várias noites consecutivas de tumultos urbanos que atingiram o país, após a morte do jovem Nahel, abatido a tiro por um polícia a 27 de junho, perto de Paris, durante um controlo de trânsito.