As dificuldades vão aumentar e de que maneira na segunda semana de prova. A luta pela camisola amarela continua intensa entre Jonas Vingegaard (Jumbo) e Tadej Pogacar (EAU Emirates) – é uma história que se repete há três anos. Vingegaard tem escassos 17 segundos de vantagem sobre Pogacar, enquanto o terceiro, Jay Hindley, surge a 2.40 segundos.
As próximas três etapas vão ser muito duras, com constantes subidas e descidas, e finais onde vai ser necessário pedalar forte. Por isso, muita coisa pode acontecer este fim de semana. A etapa de hoje tem 138 km e termina com a subida à ‘Pirâmide de Le Bugey’, são 17,4 km com uma inclinação de 7,1%, onde os favoritos à vitória devem aparecer.
As dificuldades aumentam na etapa de sábado, com 152 km e cinco contagens de montanha, três de primeira categoria e uma contagem especial, com os últimos 11,6 km a ter uma inclinação de 8,5%.
Ultrapassadas estas dificuldades, os ciclistas enfrentam no dia seguinte a etapa-rainha da Volta à França, com 179 km. É um dia para os trepadores, com cinco contagens de montanha, três de primeira categoria, e a chegada a Saint-Gervais Mont-Blanc, com algumas subidas a apresentarem uma inclinação de 11%!
O líder da prova admitiu que «será uma batalha emocionante até Paris». «Temos um plano para vencer a prova este ano, e tudo faremos para o conseguir. Estamos felizes por liderar a classificação e os oito segundo que perdi no Puy de Dôme não farão muita diferença», disse o camisola amarela. Pogacar conhece as dificuldades que o esperam: «Eles [Jumbo] vão fazer tudo para me derrotarem, mas vamos ver o que acontece este ano. Tenho motivação suficiente e estou preparado para todas as táticas deles. Jogamos com as armas que temos e vai continuar a ser uma competição muito boa. Numa prova de três semanas é preciso usar a cabeça».
As primeiras três etapas desta semana foram disputadas a um ritmo relativamente calmo e não provocaram alterações entre os primeiros. Foi a altura de as segundas linhas tentarem um fuga ou ganharem um sprint final. Vingegaard e Pogacar passaram praticamente despercebidos no meio do pelotão e estiveram a poupar-se para as jornadas de grande esforço que se seguem com a chegada aos Alpes.
Os ciclistas portugueses vão entrar para esta fase diabólica em lugares secundários. Rúben Guerreiro é o que mais se tem destacado na edição deste ano da Volta à França, terminou a etapa de ontem em nono lugar, e já demonstrou ser capaz de andar entre os primeiros nas etapas de maior dificuldade.
Na geral, Rúben Guerreiro é o melhor ciclista português no 28.º lugar, Nélson Oliveira é 63.º e Rui Costa ocupa a 95.ª posição.