Presidente sul-africano obrigado a divulgar declaração sobre detenção de Putin

O mandado de prisão foi emitido pelo Tribunal Penal Internacional, de Haia, Países Baixos, em março, acusando Vladimir Putin de crimes de guerra.

A Justiça sul-africana ordenou o Presidente da República, Cyril Ramaphosa, a tornar pública a sua declaração confidencial relacionada com o mandado de prisão internacional emitido contra o Presidente russo, Vladimir Putin.

"O Presidente Ramaphosa nunca se opôs a tornar públicos os depoimentos; foi apenas em conformidade com a diretriz do TPI que a Presidência procurou manter a confidencialidade da declaração juramentada", lê-se na nota da Presidência da República sul-africana.

O partido Aliança Democrática, maior partido da oposição na África do Sul, pediu esta semana junto do Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo, a ordem judicial para o chefe de Estado divulgar o documento, porque quer também que o Governo sul-africano explique como vai executar o mandado de prisão contra Putin se vier a participar na cimeira de chefes de Estado e de Governo do grupo BRICS agendada para o próximo mês na África do Sul.

O mandado de prisão foi emitido pelo Tribunal Penal Internacional, de Haia, Países Baixos, em março, acusando Vladimir Putin de crimes de guerra.