A Procuradora-Geral de Israel, Gali Baharav-Miara, defendeu perante o Supremo Tribunal a revogação de uma lei que impede o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ser declarado incapaz de exercer o cargo.
"Houve um uso indevido da autoridade do Knesset para melhorar a situação pessoal do primeiro-ministro e permitir que atue desafiando a decisão do tribunal", afirmou a Procuradora-Geral, num texto enviado ao Supremo Tribunal de Justiça israelita.
Para além de Baharav-Miara, também o Movimento para um Governo de Qualidade, uma organização não-governamental israelita pró-democracia, afirmou estar contra esta lei.
"Hoje, a Procuradora-Geral recordou a todos, mais uma vez, que o Estado de direito também rege o governo e que, num país democrático, existem controlos e equilíbrios entre os poderes", escreveu o presidente do movimento, Eliad Shraga, em comunicado.
O parlamento de Israel,aprovou a lei que protege Netanyahu de ser destituído ou declarado incapaz de exercer as funções do seu cargo, apesar de enfrentar um julgamento por três acusações de fraude, suborno e quebra de confiança, que o primeiro-ministro rejeita.
Segundo a oposição, esta legislação foi "feita à medida" para proteger Netanyahu.