O Campeonato do Mundo, que se realiza na Austrália e Nova Zelândia, é a prova de que o futebol feminino está em plena fase de desenvolvimento. Há equilíbrio entre seleções, os estádios têm sempre bastantes espetadores e, apesar da diferença horária, a competição é seguida com grande interesse na Europa. A UEFA elaborou o ‘The Business Case for Women´s Football’, um interessante estudo com base em dados recolhidos em 162 clubes, 42 ligas, 11 parceiros comerciais e 20 mil adeptos que mostra que o futebol feminino é um projeto ambicioso, que está a ser desenvolvido em parceria com as federações nacionais, ligas, clubes, patrocinadores e instituições académicas. O documento considera que o futuro é incrivelmente promissor e aponta as razões para isso: os estigmas sociais relacionados com a participação das mulheres no futebol estão a cair, o número de praticantes/equipas profissionais está a aumentar, melhorou a qualidade de jogo e a assistência nos jogos aumentou de forma significativa. O EURO 2022 realizado em Inglaterra teve 574 mil pessoas nos estádios e 300 milhões acompanharam a competição em todo o mundo pela televisão.
O crescimento do futebol feminino e a sua profissionalização oferecem excelente oportunidade de negócio já que o investimento pode ter retorno a curto prazo. O relatório aponta para que o valor comercial do futebol feminino aumente seis vezes na próxima década, atingindo um valor anual de 686 milhões de euros até 2033. O relatório da UEFA considera ainda que o futebol feminino é inspirador e familiar, atraindo uma base de adeptos jovem e diversificada que deve crescer de 144 milhões para 328 milhões nos próximos dez anos.